MARITIMO 3-1 FREAMUNDE
Forasteiros chegaram a assustar
Por Humberto Dias
Uma
entrada agressiva do Freamunde acabou por surpreender a formação do
Marítimo que, ainda assim, quase contra a corrente do jogo, acabou mesmo
por inaugurar o marcador logo aos três minutos, num lance conduzido
pela esquerda por Heldon que cruzou para o remate certeiro de Alex
Soares.
Os capões não se
intimidaram e partiram em busca do prejuízo, conseguindo mesmo chegar à
igualdade à passagem do minuto 9, na transformação de uma grande
penalidade superiormente batida por Joel, castigando uma falta infantil
de Márcio Rozário sobre si próprio.
Com o resultado novamente numa
igualdade, o Marítimo conseguiu passar a comandar as operações,
instalando-se mais no meio-campo do Freamunde, mas com muitas
dificuldades para conseguir ultrapassar a linha defensiva forasteira.
Heldon
viria então a sacudir o marasmo da equipa ao minuto 19, conduzindo toda
uma jogada pelo flanco esquerdo que culminou com um remate em arco
muito perto do poste da baliza à guarda de Rui Nereu. Volvido somente um
minuto, Alex Soares cruzou para uma bomba de Danilo Dias, para uma
excelente defesa de Rui Nereu e na sequência do lance, foi a vez de Rui
Rainho fazer de guarda-redes, negando o golo a Derley. Era uma fase de
grande sufoco para o Freamunde!
Contudo,
Joel era uma seta apontada à baliza verde-rubra e podia mesmo ter
colocado os capões na frente do marcador, não fosse o fato de ter tirado
mal as medidas à baliza e o seu chapéu ter saído um tudo ou nada acima
da trave. A partir daí, o Freamunde conseguiu adormecer a formação
madeirense, que se instalou no meio-campo adversário, mas sempre sem
causar perigo para a baliza de Rui Nereu. Aliás, seria mesmo a equipa
forasteira a criar a melhor ocasião de golo à passagem do minuto 40, com
Machado a falhar escandalosamente após bom cruzamento de Edu II.
O
puxão de orelhas ao intervalo parece ter mudado o Marítimo, que entrou
no segundo tempo muito mais pressionante e disposto a mudar o rumo dos
acontecimentos. Começou então a aparecer Danilo Dias fazendo uso da
técnica aliada à sua grande velocidade e não demorou a causar estragos.
Logo aos 52 minutos, o médio brasileiro tirou o adversário do caminho e
desferiu uma bomba que ainda embateu no poste direito da baliza à guarda
de Rui Nereu antes de se anichar no fundo das redes, desfazendo assim a
igualdade.
A perder, o
Freamunde não se deu por vencido e Joel ainda cabeceou à trave depois de
uma excelente lance de Rui Rainho pelo lado esquerdo que deixou Briguel
com os olhos trocados. Se tal lance espevitou os madeirenses, o
contrário sucedeu com o Freamunde, que acabariam por ver o Marítimo
apliar o resultado aos 74 minutos, em mais um lance conduzido por Danilo
Dias, culminado com o cruzamento-remate de Heldon e com Derley a só ter
que encostar para o fundo das redes.
Foi
o atirar da toalha ao chão por parte do Freamunde que nunca mais
conseguiu chegar com perigo junto da baliza à guarda de Leoni, num
resultado que se afigura justo, sobretudo pelo volume de jogo ofensivo
criado pelos insulares no segundo tempo, que só não aumentaram a
vantagem graças a uma brilhante intervenção de Rui Nereu.
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