O Trofense e o Freamunde empataram este domingo 1-1, em jogo a contar para a 11.ª jornada da Liga Orangina, disputado na Trofa, com golos de Nildo e de Bock, que acabaria expulso.
A equipa de Porfírio Amorím vinha de uma derrota caseira (2-1) inesperada com o Belenenses, pelo que vencer era importante para as pretensões de candidato à subida. Já o Freamunde, tinha conquistado uma vitória (1-0) contra um adversário direto, o D. Aves.
O Trofense ameaçou primeiro. Aos 13 minutos, Igor atirou à figura de Tó Figueira e, aos 14’, Nildo acabaria por inaugurar o marcador, depois de uma jogada confusa na grande área.
A equipa de Nicolau Vaqueiro reagiu com cabeceamentos de Luís Pedro, que saiu ao lado (21’), e de Luís Carlos, para defesa apertada de Marco (42’).
Mas, o conjunto trofense foi mesmo a vencer para o intervalo, quando os visitantes já mereciam o empate, que quase surgiu por Maranhão, nos descontos.
A 2.ª parte começou com as equipas apáticas e a demorar para ganhar ritmo. Serginho foi o primeiro a despertar, com um remate forte que o guardião visitante teve dificuldade em encaixar, aos 53 minutos.
Do outro lado, foi Tarcisio quem mostrou trabalho minutos depois de entrar (60’), mas Marco sacudiu para canto, já em esforço.
O golo do empate surgiu com naturalidade, aos 68 minutos, por intermédio de Bock, após assistência de Maciel.
O Freamunde acabou reduzido a 10 jogadores com a expulsão de Bock, aos 77 minutos. O juiz da partida considerou que houve entrada dura sobre Igor, que, no minuto seguinte, pediu substituição e saiu a coxear.
A partida acabou com os locais a pressionar. Chico cabeceou por cima da barra, mesmo em cima do minuto 90, naquela que seria a oportunidade mais flagrante para o Trofense vencer e reaproximar-se dos lugares cimeiros.
Trofense: Marco, João Dias, Pedro Ribeiro, Filipe Gonçalves, Igor (Chico 78’), Tiago, Varela, Nildo, Bahin, Serginho (Licá 75’) e Zé Manel (Moustapha 66’).
Suplentes: Janota, Luís Eduardo, Moreil?ndia, Moustapha, Outarra, Chico e Licá
Freamunde: Tó Figueira, Raviola, Luís Pedro, Hélder Sousa, Sérgio Nunes, Serginho (João Rodrigues 31’), Alonso (Maciel 31’), Luís Carlos, Júnior Maranhão, Pedro Henrique (Tarcisio 57’) e Bock.
Suplentes: Douglas, Ostollaza, Tarcisio, João, Maciel, Marcelo e Vítor Basto.
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Filipe Gonçalves (30’), Sérgio Nunes (45’), Zé Manel (62’) e Nildo (89’). Cartão vermelho direto para Bock (77’).
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Freamunde deu meia hora de avanço ao Trofense
A tactica apresentada por Nicolau Vaqueiro na Trofa, foi tudo menos a mais correcta. O Freamunde entrou em jogo nitidamente com o autocarro dentro da baliza, e foi precisamente durante esse periodo que a exibição azul foi feia...muito feia, o Freamunde foi uma equipa totalmente dominada pelo adversário, e em consequencia disso mesmo, sofreu um golo e poderia ter sofrido mais. Tal como Nicolau Vaqueiro disse na conferencia de imprensa, entrou em campo com um sistema de jogo que não é habitual na equipa, e só se apresentou assim devido ao valor do Trofense, ou seja, o treinador do Freamunde foi para a Trofa cheio de medo. Quando foi preciso perder o medo, o Freamunde jogou olhos nos olhos com o seu oponente, e passou a dominar o jogo, a criar mais oportunidades de golo, a ter mais posse de bola, etc etc, e não fosse a expulsão de Bock, em vez de um ponto, o Freamunde poderia ter trazido para casa mais dois.
Concluindo, a tactica do medo colocada em campo na 1ª meia hora do jogo foi completamente falhada, nada que não fosse previsivel. No periodo que o Freamunde jogou para ganhar fez talvez a sua melhor exibição da época.